Pesquisadores de Toronto, no Canadá constataram que estresse da mãe durante a gravidez pode afetar o bebê. E não para por aí. Na verdade, os problemas relacionados ao estresse se propagam, inclusive, pelas gerações seguintes. A descoberta foi relevada num estudo publicado na revista científica “BMC Medicine”.
A proposta dos pesquisadores era investigar como os bebês prematuros são influenciados pelo estresse, já que o parto prematuro é uma das principais causas de morte e pode provocar problemas ao longo da vida. A maior parte da pesquisa foi realizada em laboratório.
Os pesquisadores acreditam que estas mudanças ocorrem devido à epigenética — os efeitos do ambiente sobre a expressão dos nossos genes.
"Quando tivermos uma melhor compreensão sobre os mecanismos das assinaturas epigenéticas herdadas poderemos prever e reduzir o risco de doenças", comentou a pesquisadora Gerlinde Metz.
"Quando tivermos uma melhor compreensão sobre os mecanismos das assinaturas epigenéticas herdadas poderemos prever e reduzir o risco de doenças", comentou a pesquisadora Gerlinde Metz.
Segundo a estudiosa, partos prematuros podem ocorrer por vários fatores. "No nosso estudo damos novas perspectivas sobre como o estresse em nossas mães, avós e outros parentes podem influenciar no risco de complicações na gravidez e no parto. A descoberta tem implicações para além da gravidez e sugere que as causas para muitas doenças complexas poderiam ter raiz nas experiências de nossos ancestrais.
Fonte: O Globo
Fonte: O Globo